Estágio Pastoral Missinário 2012

30/08/2012 23:20

Missão em Limoerio do Ajurú

PRELAZIA DE CAMETÁ

SEMINÁRIO MAIOR BOM PASTOR

RELATÓRIO DO ESTÁGIO PASTORAL-MISSIONÁRIO

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (LIMOEIRO DO AJURÚ)

 

ANANINDEUA

2012

 

 

INTRODUÇÃO

Como parte da formação do futuro presbítero da Igreja na Prelazia de Cametá, nós seminaristas do Seminário Maior Bom Pastor, imbuídos do espírito missionário dado por Jesus, a Igreja orienta o seguinte: “A formação sacerdotal atenda ainda às necessidades pastorais da região. Aprendam os estudantes a história, o fim e o método da ação missionária da Igreja, e as específicas condições do próprio povo: sociais, econômicas e culturais” (AG 16).

Este ano fomos enviados a realidade ribeirinha para levar o evangelho às famílias, mas também fazer um conhecimento da área, pois necessitamos ver e viver aquilo que o povo senti todos os dias, para podermos realizar o nosso trabalho de pastores.

A viajem para o município de Limoeiro do Ajurú estava prevista para o dia 30/6, com saída de Cametá às 12:00hs. Chegando em Limoeiro ás 15:30hs, nos dirigimos até a casa paroquial, e fomos recebidos pelo pároco Pe. Sandro Giovani. Nesse dia era só para nos instalar-mos para nos organizar para o retiro e convivência, acompanhados pelo nosso formador Pe. José Maria.

No dia 1/7, iniciamos com a oração das Laudes, depois fomos fazer a refeição para em seguida realizarmos o retiro, dirigido pela dona Déia, que é catequista e paroquiana de S. João Batista. Ela nos expôs aspectos da missão e de sua experiência de vida como colaboradora da obra missionária na Prelazia de Cametá. Depois do retiro, fomos almoçar e repousar para a noite celebrarmos a Eucaristia na matriz da paróquia, que se realizou ás 19:30hs, com a presidência do nosso formador e concelebrada pelo pároco. Ao final da celebração os seminaristas foram apresentados a comunidade e receberam o envio missionário para irem aos distritos: S. Mateus e Sta. Rita.

* CC S. Paulo (Remanço)

 

No dia 2/7 às 7:00hs, partimos para a primeira comunidade chamada “Remanço”  (CC S. Paulo) sob a responsabilidade da coordenadora do distrito S. Mateus, dona Helena. Chegando ao local onde permaneceríamos, fomos acolhidos pelos comunitários que estavam colaborando na parte das refeições. Às 8:30hs após o café, partimos em dois grupos para poder cobrir a área com as visitas nas casas. Nas visitas encontramos famílias que freqüentam tanto a capela, quanto a matriz, pois ficam próximas e outras que não costumam freqüentar por algum motivo.

Depois de visitar um bom numero de famílias, retornamos ao local em que nos hospedamos para o almoço e descanso, para retornar com as visitas pela parte da tarde, pois a noite celebraríamos a Eucaristia com a comunidade às 19:30hs na capela. Nas visitas da tarde nos deparamos com pessoas de outras denominações religiosas (ex: evangélicos) que questionaram a Igreja Católica com os mesmos argumentos infundáveis e outros.

Pela noite na missa, houve uma resposta das pessoas visitadas, a capela estava lotada e uma celebração bem participada. A comunidade agradeceu a nossa ação e prometeram continuar com as visitas e a evangelização, para promover melhor a identidade católica do nosso povo.

* CC N. Sra. da Conceição – (Bela Vista)

No dia 3/7 iniciamos com as Laudes e saímos às 7:30hs rumo a próxima comunidade de Bela Vista (CC N. Sra. da Conceição). Mas antes de sairmos nos reunimos rapidamente para rever algumas coisas do dia anterior, como as visitas que ficaram somente pela parte da manha e a tarde alguma atividade com a comunidade, nas visitas somente um diálogo com as famílias não um debate, nem doutrinação.

As casas foram atingidas pelas visitas, houve orações, escuta da Palavra e também uma avaliação do sentido do ser missionário e que tipo de padres as pessoas querem hoje para esta realidade.

Às 15:30hs fizemos uma breve avaliação do dia com a participação de comunitários, foi gratificante o testemunho de cada um que nos pediram que fossemos padres mais próximos das pessoas e que possamos escutar o povo das comunidades. Às 19:00hs celebramos com a comunidade com a participação das famílias.

*CC S. Pedro (Km 5) – 4/7

Saímos de Bela Vista e fomos para a próxima comunidade de S. Pedro. É uma localidade tipo vila, que as famílias em sua maioria é católica, mas há presença de evangélicos. Algumas pessoas trabalham na cidade e outras na roça.

No passado houve intrigas com as igrejas evangélicas, mas hoje em dia, estas mesmas igrejas são basicamente aliadas, se uniram a comunidade e trabalham praticamente juntas a ponto de celebrarem juntas e etc.

A comunidade não possui capela, celebram no barracão, pois a capela ainda será erguida. Existe uma devoção a nossa Senhora, que já é uma característica católica. Também há bastante jovens que se organizam em grupo e acompanham as atividades externas na Prelazia e na paróquia.

No final das visitas, houve um reencontro de um ex-seminarista (Odair) que foi da mesma turma no sem. Menor de Joelson, Vicente e Anselmo. às 19:30hs celebramos a Palavra com a comunidade e depois realizamos a noite cultural até às 22:00hs, para podermos jantar e descansar para o outro dia.

Obs.: Presença de crianças não-batizadas.

Obs 2: Pe. Zé Maria ficou conosco até esse dia, pois havia compromisso para realizar, mas nos deixou com orientações específicas a equipe central.

* Grupo N. Sra. do Carmo (Nova Aliança) – 5/7  

Acordamos às 6:30hs para nos preparar para oração das Laudes e logo após nos reunimos para acertar as atividades como por exemplo antes de sair da comunidade sempre rezar as Laudes, às 15hs rezar a hora Média antes da reunião de avaliação e a tarde o terço ou um louvor com a comunidade, dependendo das circunstancias.

Partimos às 7:30hs rumo a Nova Aliança. Chegando lá, fomos recebidos na capela com um grupo de pessoas para o café da manhã, oração e partida para as visitas. Dividimos em três grupos para visitar dez famílias, pois são católicas de realidade ribeirinha.

Nova Aliança ainda é um grupo recém formado que possui apenas um ano, é acompanhado pelo padre Giovani, que se separou da CC do Cruzeiro. O grupo atende apenas dez famílias, com dificuldades, por exemplo os conflitos entre os esposos em educar os filhos, famílias fragmentadas, catequese, etc.

As famílias foram todas visitadas, houve diálogo proveitoso e uma recepção da parte delas muito calorosa. O testemunho de fé e participação na comunidade é o que mantém elas na caminhada. O grupo estava realizando o festejo de sua padroeira (novenário): N. Sra. do Carmo.

Esse grupo surgiu pela necessidade da distância da CC do Cruzeiro e também por pequenas intrigas entre comunitários, que nos foi colocado por algumas pessoas e para apaziguar, o padre apoiou a criação desde. Celebramos a Palavra às 19:30hs com uma participação do povo que fora visitado e logo após houve uma noite cultural com músicas, brincadeiras e outros.

Obs.: Crianças ainda não receberam o batismo e outros não têm a Eucaristia.

* CC de S. Francisco (Cruzeiro) – 6/7

Iniciamos o dia com a oração das Laudes e tomamos café para partirmos rumo a CC do Cruzeiro. Chegando lá, fomos nos hospedar na capela, pois não havia outro lugar apropriado. Depois partimos para as casas num único grupo por falta de barco e por serem somente sete famílias.

Durante as visitas encontramos um senhor que estava doente (sofreu AVC) mas já dava sinais de recuperação e também um menino que possui “problema mental”, mas é bem cuidado pelos pais.

Ao meio dia retornamos para a capela para almoçarmos e descansar um pouco para às 15hs rezarmos a Hora Média e em seguida a avaliação com a presença de comunitários. Na conversa eles colocaram dificuldade na juventude e na catequese, também a luta para construção da capela em alvenaria. Na reunião nós (seminaristas) orientamos a respeito das características da estrutura de uma capela e também para acertarem com o pároco em tudo que forem realizar.

A noite foi celebrada a Palavra às 19:00hs com a comunidade.

Obs: Crianças que não receberam os sacramentos. 

0bs 2: Nosso irmão Anselmo ficou conosco até esse dia, depois teve que retornar a Cametá para seu afazeres na Cúria.

* CC de S. Benedito (Japiínzinho) – 7/7

 

Na manhã seguinte, rezamos as Laudes antes de partir para Japiínzinho, que três pessoas de lá já nos aguardavam.

Durante a viajem aproveitamos para visitar algumas casas que eram mais distantes da capela. Nestas visitas ouvimos das pessoas as causas da pouca participação e também reclamações, afastamento causados por conflitos pela falta de consenso entre as lideranças.

Os participantes da comunidade são na maioria da mesma família, poucas pessoas são ativos dentro da comunidade. Há falta de preparadores para catequistas, cantores, dirigentes da celebração e para o batismo. Existem crianças que não foram batizadas por não haver preparadores.

Pela parte da tarde após a oração na capela, foi realizada a avaliação com integrantes do conselho e foram apontados estas falhas que necessitam de soluções urgentes.

A noite foi celebrada a Palavra com a comunidade e realizado um bingo para arrecadar fundos para os trabalhos. Isso foi realizado até às 21:30hs e depois o pessoal retornou para suas casas.

* Grupo S. Raimundo (Macacaá) – 8/7

Após a oração, um dos comunitários foi nos buscar para nos levar até Macacaá. Após chegarmos ao local, fomos recebidos na casa onde funciona como sede das atividades.

Depois do café, nos dividimos em dois grupos para as visitas. Durante as visitas, encontramos muitas crianças que não foram ainda batizadas em função da falta de preparadores, pois como algumas pessoas nos disseram que a principal dificuldade é a situação irregular, não são casados ou que não possuem uma preparação devida para ser tal preparador.

Há uma carência muito grande de preparadores para batismo, catequistas e para o matrimônio. Por serem ainda um grupo que tem apenas um ano e cinco meses, necessita de uma atenção especial e até mesmo orientação para se tornar uma comunidade de fato, mas há uma falta de apoio das outras famílias que não acreditam, por já ter fracassado um vez no passado e agora que foram reativadas as atividades e precisam serem mantidas. Nas visitas incentivamos as famílias a participarem das celebrações principalmente aos domingos e se organizarem para levarem a frente sua participação.

Durante a reunião da tarde, foi colocado que falta uma atenção dos animadores do distrito que deixaram a desejar nos avisos para comparecerem nas programações paroquiais e também a falta da presença do padre para fazer esse acompanhamento numa visita.

A noite celebramos com a comunidade, com uma participação bastante grande das pessoas e depois foi feito um momento de descontração, brincadeiras, música, etc.

* CC N. Sra. do Perpétuo Socorro (7 ilhas) – 9/7

Logo após a oração das Laudes nos dirigimos para a próxima comunidade. Chegando ao local fomos bem recebidos pelas pessoas que prepararam um ambiente para nos hospedar. Depois de tomarmos café, nos dividimos em três grupos. Durante as visitas, vimos que as famílias moram bem distantes umas das outras e da capela da comunidade, dificultando assim a participação, e outras moram perto da baía que é um tanto arriscado.

Pela tarde, rezamos o oficio e realizamos a reunião de avaliação. Na reunião apontamos falhas da comunidade no sentido pastoral, ou seja, pastorais que existem somente de nome, não realizam suas atividades. Outra falha é a catequese que parou há dois anos por falta de catequistas e de uma dinâmica que possibilite as crianças a participarem. A catequese não segue aquilo que está fixado pela paróquia e nem eles tem conhecimento do que seja o diretório de catequese paroquial, pois não participaram da assembléia paroquial.

Existe uma falta de compromisso de visitar as famílias dos comunitários, e aquelas que não freqüentam, seja por causa do transporte ou pela situação geográfica. Não há visita dos animadores do distrito, que servem para dinamizar a integração da comunidade e suas atividades com toda paróquia.

Após a reunião foi programada a celebração e uma conversa com as catequistas (duas) de como reativar a catequese na comunidade. A noite nós celebramos com as famílias e um pequeno momento de musica foi realizado.

 

* CC N. Sra. de Nazaré (Japiín seco) – 10/7

Após o oficio, seguimos para a comunidade de Japiín seco que algumas pessoas foram nos buscar. Chegando ao local fomos bem recebidos calorosamente, com fogos, cantos e muita participação da juventude.

No barracão fomos apresentados à comunidade e divididos em três grupos para diversos setores. A primeira vista, as famílias nos receberam bem, mas com um olhar mais profundo percebe-se que não são visitadas aquelas que são mais distantes e aquelas que deixaram de freqüentar a comunidade por algum motivo.

Há um trabalho de visitas, mas não em grande escala, pois existe o problema de transporte que esteja a disposição.

Pela tarde nos reunimos com a comunidade e fizemos a oração, depois fizemos a avaliação geral. Foram colocados alguns aspectos, como por exemplo a catequese, que está fraca (por falta de catequistas), os jovens que estão se organizando como grupo, uma falta de expansão dos círculos bíblicos nas casas.

A noite reunimos as famílias e celebramos juntos, que houve presença de duas pessoas de outra igreja (assembléia de Deus).

* CC N. Sra. de Fátima (Coqueiro-Conceição) – 11/7

Na manhã seguinte nos dirigimos a próxima comunidade, a última do distrito. Nosso irmão Marcos retornou ao nosso grupo depois de ter preparado a ordenação de Pedro Jorge. Chegando ao local, fomos recepcionados por um bom número de pessoas da comunidade, entusiasmadas e bem dispostas. Depois nos dividimos em três grupos com a companhia das lideranças das pastorais.

Percebemos a distancia, o problema da natureza (a maré), e o transporte, que as famílias mais distantes enfrentam.

As visitas são realizadas uma vez por semana, mas faltam pessoas disponíveis para esse serviço, para poder atingir maior número possível de famílias com encontros, novenas, círculos bíblicos, etc.

A tarde realizamos a avaliação e apontamos essa dificuldade, a de ir ao encontro das famílias mais distantes e criar se possível uma pastoral da visitação. É uma proposta que fizemos para que a comunidade resgate as pessoas que um dia fizeram parte no passado da comunidade e que saíram por qualquer motivo.

A pastoral da liturgia precisa de uma força maior com formação teórica e prática. A catequese precisa de incentivo e de monitores para atingir as crianças no processo catequético.

A noite nos reunimos e realizamos a celebração com uma grande participação da comunidade. Depois foi feita a noite cultural. E às 21:30hs viajamos para Japiín grande, pois o animador do distrito Sta. Rita, o seu Natalino (mais conhecido como café torrado’) estava nos esperando no barco.

 

Obs. 1: Crianças que não receberam o batismo.

Obs. 2: Sr. Zé Roberto indicado como candidato ao diaconato.

Obs. 3: Roberto teve que retornar a Limoeiro por motivos de saúde.

* CC Menino Deus (Japiín grande) – 12/7

 

Viajamos pela noite chegando às 11:00hs na casa do seu Natalino. Amanhecendo, rezamos o oficio e nos foi oferecido um belo café da manhã, logo em seguida ele nos expôs brevemente o histórico da comunidade e seu trabalho.

Marcos teve um problema de saúde e ficou sob cuidados da esposa do seu Natalino que é enfermeira. Agora com o grupo de 8 seminaristas tivemos que nos dividir em 3 grupos com comunitários, que nos receberam com muita alegria e disposição.

Fomos designados para três partes distintas do rio, para podermos atingir as famílias que deixaram de freqüentar a comunidade. Nas visitas, procuramos reforçar o sentido de viver em comunidade, da importância na participação no dízimo, nas celebrações e outros.

A tarde nos reunimos para oração e avaliação com a comunidade e nisso eles nos deram um olhar mais profundo da realidade das famílias e das pastorais que existem. Cada pastoral está passando por dificuldades por causa de não ter integrantes que ajudem nos trabalhos. As visitas são realizadas com dificuldades, por justamente não ter quem prossiga.

A noite celebramos com a comunidade e em seguida fizemos um momento de dança e brincadeiras com as crianças. Fizemos também uma propaganda vocacional para os jovens.

 

Obs.1: Indicação do seu Natalino como candidato ao diaconato.

Obs.2: Crianças que não foram batizadas e outras não receberam a Eucaristia.

 

* CC S. José (Teobaldo) – 13/7

Chegamos na comunidade às 8:30hs com uma recepção calorosa da comunidade. Depois partimos em dois grupos, pois não havia outros barcos disponíveis.

A realidade da comunidade é muito desafiadora, pois exige disposição das pessoas para enfrentar as dificuldades até da maré (algumas famílias moram perto da baía).

A comunidade existe mais de 20 anos e agora que está se organizando fisicamente, os que iniciaram alguns já morreram e outros estão doentes e outros ainda se mudaram do local. Estão construindo a capela ao lado do barracão.

Pela tarde realizamos a avaliação em comunidade e foram apontados algumas situações de cunho pastoral e foi reconhecido pela comunidade, como por exemplo a catequese, batismo, necessidade de ministros da Palavra e o dízimo. Os comunitários agradeceram muito a nossa presença e garantiram melhorar o seu desempenho no que diz respeito a chamar pessoas para a comunidade.

Enfim, a noite celebramos com uma bela resposta das famílias visitadas e depois um momento cultural com os jovens e crianças, num tom vocacional.

 

* CC Sta. Maria (Ipixuna) – 14/7

Essa comunidade já possui mais de 30 anos que no inicio foi muito ativa, mas hoje em dia está em crise, pois as famílias começaram a migrar para cidade em busca de estudo, trabalho e etc, e as que ficaram que são poucas, são que levam em frente as atividades.

As famílias visitadas por nós, se sustentam da roça ou pesca, que sofrem muito por não terem um melhor transporte. Diante dessas dificuldades, muitas deram testemunho de fé, alegaram que a comunidade fez melhorar a vida delas.

Pela tarde após a oração, realizamos a avaliação com as lideranças da comunidade, que nos falaram a respeito dessa migração e a não resposta das famílias que permaneceram mas não participam ativamente.

A noite celebramos e houve uma boa resposta das pessoas que visitamos. Depois houve umas brincadeiras e um bingo para a construção da nova cozinha do salão.

* CC Divino Espirito Santo (Anajás de baixo) – 15/7

Pela manhã um barco que pertence a um dos comunitários foi nos buscar para nos levar até a comunidade. Chegando lá, a comunidade estava terminando a celebração e depois formos apresentados a todos os presentes e em seguida nos dividimos em três grupos, por causa da redução do tempo.

Durante as visitas que foram preferencialmente por aquelas famílias que pouco freqüentam e por aquelas que se afastaram da comunidade, nestas visitas o que chamou atenção foi a falta de dedicação em ir atrás das pessoas e de oferecer algo novo. Muitas pessoas saíram da comunidade por causa da rotina que levou ao desanimo.

Em outras visitas, fomos muito bem recebidos e se comprometeram em rezar por nós e pela missão. Pela tarde depois da oração, fizemos a avaliação e foram apontados algumas falhas que fizeram com que as pessoas saíssem e perdessem a vontade de caminhar. As pastorais com dificuldades, por exemplo, a do batismo, que não se comprometem com o sacramento e nem com a comunidade; a do dízimo que caiu o número de dizimistas.

À noite realizamos uma noite cultural com uma grande participação dos jovens e casais. Tivemos música, danças, brincadeiras e bingo. Concluímos o nosso dia de atividades às 22hs.

 

* CC S. Benedito (Anajás de cima) – 16/7

Pela parte da manhã bem cedo, partimos para a última comunidade a ser visitada. Já estavam nos esperando no barracão as pessoas que iriam nos acompanhar durante as visitas.

Ao chegar ao local, realizamos um momento de oração e apresentação para assim podermos ir ao encontro das famílias. As pessoas estavam numa expectativa de como seriam essas visitas nas casas, pois se trataria de uma missão diferente da convencional. Nos dividimos em dois grupos designados para os lados opostos do rio. Como o tempo fora reduzido somente pela manha, conseguimos visitar somente 14 casas, onde nelas estavam algumas pessoas doentes.

Nessas visitas foi muito bem falada sobre a identidade católica, a devoção aos santos, a freqüência na comunidade. Também insistimos na educação dos filhos, pois encontramos muitas crianças que não haviam sido batizadas.

Pela tarde após a oração, fizemos uma avaliação das visitas com a presença das pessoas que nos acompanharam e também com um dos animadores do distrito. Nessa avaliação colocamos a insistência da participação na comunidade, do ir ao encontro das famílias, de visitar os doentes e ajudá-los no que for necessário. Buscar o fortalecimento das pastorais com formação, dinamismo e colaboração das pessoas.

A noite realizamos a celebração em honra a N. Sra. do Carmo com um boa participação da comunidade e depois fizemos um bingo para ajudar na construção da nova capela.

CONCLUSÃO

“A vocação e o compromisso de ser hoje discípulo e missionário de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, requerem clara e decidida opção pela formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados, qualquer que seja a função que desenvolvem na Igreja”. (Aparecida nº 276)

Em nossa missão encontramos justamente essa sede do povo, de conhecer a sua fé, conhecer a sua Igreja. Pois a cada visita que realizávamos era uma oportunidade de ensinar e aprender uns com os outros, transformando isso em alimento para permaneceram unidos a comunidade.

Essa necessidade de formar os membros de nossas comunidades é muito presente em nossas paróquias e de fomentar na mente e no coração de cada fiel, o sentido de ser cristão católico, que vive a sua fé batismal enraizada na Palavra de Deus e na Eucaristia. Nisso encontramos a chave para fortalecer as bases de nossas comunidades que são atacadas por todos os lados por vários tipos de idéias individualistas e destruidoras.

 

 

 

 

 

 

 

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